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Algo de muito interessante
(revolucionário) acontece em Campina Grande. Essa "meninada" do
Megafone tem um cuidado desmedido com o que temos de riqueza cultural, principalmente
no que tange à nossa musicalidade. O melhor de tudo isso é que não fazem apenas
por fazer ou por querer. Sabem exatamente o que querem e como querem com
extremo profissionalismo.
Uma das riquezas que passam despercebidas
numa obra de arte - de qualquer que seja a vertente – é o momento da criação. A
inspiração que teve o artista, em que instante, e a que se deve tal inspiração para
materializá-la numa pintura, numa cerâmica ou argila, num poema ou numa
partitura. É preciso muita inventividade para essa criação. E no caso da
música, mais precisamente, temos uma vastidão de elementos que concorrem para
tanta produção mundo afora, mas essa vastidão limita-se a apenas sete notas
musicais. No mundo do verso, poesia ou prosa, por exemplo, tem-se também um
mundo a contemplar e dele se fazer a abstração necessária à criação. Mas carece,
também, muita inventividade. Eu mesmo, mais das vezes, tenho a impressão que
tudo que se tinha por criar já foi criado até que me deparo com algo inusitado,
genial. Então me bate a ideia de que muito há ainda por se criar.
Há bem pouco tempo contei aqui “Tareco e Mariola”, dia 12 de
março último, onde fazia referência à composição de Petrúcio Amorim, umas das
mais célebres do cancioneiro popular nordestino. Ali relato como nascera e qual
o episódio que motivara tão bela criação. Babo em saber que Cartola, um simples
ajudante de pedreiro (sem aqui desmerecê-los e entendendo que aí está a
grandiosidade da obra), compõe nada mais, nada menos que “O mundo é um moinho”.
Numa visita ao blog Análise sobre música brasileira,
leio que “Várias são as histórias sobre a criação dessa canção. As mais famosas
são a de que Cartola escreveu a letra após descobrir que sua filha estava se
prostituindo e a versão de que Cartola conheceu um rapaz que se apaixonou por
uma menina, levou-a para casa e depois ela quis ir embora. Como não se tem
nenhuma certeza de qual história é a verdadeira, o melhor mesmo é ressaltar o
grande valor que essa música tem na história das músicas brasileiras”.
É exatamente aí que entram os inovadores , intrépidos ,
inteligent es, jovens e talentosos meninos do megafone. Com eles ganha nossa
arte, ganhamos todos nós.
Emocionante! Obrigado Carlos, você também é importante para o Megafone e principalmente para a cultura, estamos juntos nessa!!!
ResponderExcluirMuito obrigado Carlos. Fico muito grato por você apoiar a iniciativa do Megafone e contribuir para a cultura no Brasil, fazendo com que mais e mais pessoas sejam beneficiadas por esse bem maior.
ResponderExcluirSilas Oliveira