segunda-feira, 23 de março de 2015

Chega me faltou suspiração

Há bem pouco tratei aqui do esquecimento que me acomete. Não sou de me preocupar à-toa, também não faço pouco caso de sintomas que parecem afetar minha saúde. Mas sinto uma luz acesa no que concerne às lembranças recentes. Ao contrário do que muitos pensam, tenho ótima lembrança do que há no mais recôndito da minha memória, mas sou capaz, creiam, de esquecer o que iria acrescentar ao que penso neste instante, sobre o assunto em pauta. Pior que em um comentário aleatório com um companheiro de trabalho, veio a sentença: “Não quero aqui alarmar, mas preciso dizer que procure um geriatra”.
Tanto é que resolvi me informar sobre as causas comuns de esquecimento. Peço socorro ao Google que me remete ao endereço http://www.unicamp.br/unicamp... Vejam o que lá encontrei: “O esquecimento pode ser comum e não ser? O neurologista Márcio Balthazar, pesquisador colaborador do Departamento de Neurologia da Unicamp, afirma que o esquecimento patológico é um mal desse século, mas que sempre existiu. Para ele, o esquecimento pode ser comum, pela falta de atenção. Já o esquecimento patológico não tem cura, mas pode ser tratado com drogas que retardam os sintomas”.
O Dr. Márcio Balthazar vai mais além explicando que “O esquecimento em geral não está, necessariamente, associado à doença cerebral. Em pessoas com idade abaixo de 60 anos, é muito comum queixas de esquecimento, mas que não têm essa ligação. Existem muitas causas de esquecimento em eventos do dia a dia relacionados à ansiedade, que é algo muito prevalente nos dias de hoje. Sintomas psiquiátricos ou psicológicos, como sintomas depressivos, sono insatisfatório, além da ansiedade, podem fazer com que a pessoa diminua a atenção quando executam certas tarefas do dia a dia. Então tendem a esquecer tais eventos. Isso pode não ser doença cerebral”. Aff, chega me faltou suspiraçã!
Eu, por haver esquecido a documentação do automóvel, na sexta-feira, o deixei na retífica Jovesa. Fui buscá-lo no sábado com a tal documentação no bolso. Mas esqueci o controle remoto, a chave. O Fox dormiu na UEPB e hoje, pela manhã, eu o trouxe para casa. Uma blitz, algo que quis tanto evitar, me aborda próximo à Ceasa. Paro, mostro minha habilitação e os documentos do automóvel, muito tranquilo. Até que ouvi, gentilmente, a alerta do militar que me abordara: “Senhor, essa sua habilitação está vencida”. Eu trocara de bolsa e não me apercebera que a nova habilitação estava lá. “Pode seguir, já o abordei antes, imagino que houve um lapso. Peça a ajuda de Jerimum quando arrumar a bolsa”. Chega me faltou suspiração de tanto alívio!

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