sábado, 7 de março de 2015

Minha síndrome pueril

Armaria! Diria um desses neofeicistas (o adultério vocabular aqui é válido pela conotação, o quiproquó que sugeriria caso adjetivasse, ao pé da letra, os novos usuários do face), daí aportuguesar para suavizar o termo. Mas o certo, mesmo, é que me descobri portador da síndrome pueril. Posso parecer presunçoso ou algo equivalente, mas não é nada disso. Sinto-me criança e pronto! E, nesse âmbito, tudo concorre para que eu me saia bem dessa – por assim dizer – patologia da recrescência. O que me conforta diante desse diagnóstico é que não me levará a óbito, pelo menos daqui a uns cento e vinte anos.
Também conto com tremenda dose de sorte. Na vida haveremos de contar com a sorte para tudo, até mesmo nas patologias que porventura adquiramos. Por esses dias devo consultar uma pediatra, preferencialmente uma amiga que me dê um norte de como enfrentar o mal que ora está longe de me atormentar. A preocupação nesses casos, e deveras comum, é com enfermidades que afligem seres dessa faixa etária. Daí uma dose de cuidado para não contrair icterícia, bexiga, papeira (ou caxumba) e sarampo. Devo, ainda, procurar um posto que me vacine contra a pólio. O teste do pesinho só saberei em contato com a pediatra amiga que no face trato apenas como Sra. Elieth. Ela que se “desmanchou” de contentamento no Sarau FIC, em Nosso Lar, domingo último. Lá pra bandas da “doutorice” a tratarei como Dra. Elieth De Lacerda Alves.
Para que minha pediatra tenha certeza do que me acomete, iniciarei a consulta informando tudo aquilo que me faz crer no acometimento da síndrome pueril. Que isso fique cá entre nós, caro leitor/cara leitora, para que não paire no ar certa desconfiança de quantas andam meu estado de senilidade crônica. O fato é que me sinto tão criança, mas tão criança que tenho medo de ficar sem companhia só em pensar na kuka; sair à rua e me deparar com o papafigo; sair à noite e ter a visão da mula-sem-cabeça; ir ao quintal e dar de cara com cumade fulozinha.
Ao contrário do que muitos pensam, essa realidade me assusta. Agora mesmo me vem à mente o que terei de enfrentar, lá adiante, em minha fase escolar. Nessa florescência estarei preparado, certamente: Que venha o bullying!

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