Fernando é esse cara ladeado por Jerimum, Flávio José, Sandra Belê e Xiquexique |
domingo, 7 de junho de 2015
Celebridades
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Quando a memória nos trai
Tâmara Oliveira bem que me advertira |
Eu recebera e-mail do casal Rilávia e Ajalmar, como de costume, anunciando a entrega dos convites e senhas para o Troféu Gonzagão, esse grandioso acontecimento nacional. E não é que “encasquetei”, com a data de hoje! Até teimei com minha amiga "fotógrafa" Tâmara Oliveira, no Centro Cultural Lourdes Ramalho, que me advertira: “Carlos, você não vai ao evento?”. Retruquei como se estivera certo que só hoje ocorreria. “Não, Tâmara, o Gonzagão é amanhã, dia 8 de maio. Assisto a aula de teatro, aqui no Centro, e rumo à festa em seguida”. Os companheiros Emerson Tomaz e Evado Brasil, parceiro na dupla Jerimum e Xiquexique e de trabalho na Secretaria Municipal de Educação, em Esperança, respectivamente, entraram na minha “neura” aceitando a data como sendo hoje. Todos viajamos na maionese!
O importante, minha gente, é que o Troféu Gonzagão já está entrando na maioridade, 17 anos, surpreendendo a cada ano. Um evento nacional, como frisei, realizado com a magistral competência e esmerada entrega dos meus amigos Rilávia e Ajalmar. Amanheci meio acabrunhado como quem foi acometido por extremo banzo. Fui traído por uma memória que insiste em me pregar peças. Afinal hoje não é mais ontem, hoje é um presente até que chegue amanhã: quando será passado.
Quanto ao Troféu Gonzagão, em si, nossos parabéns a todos que contribuíram para a realização dessa festa glamorosa; aos artistas que vêm a 0800 e garantem o brilho tão peculiar. A Rilávia e Ajalmar não há mais o que dizer diante da grandeza dos seus gestos.
sábado, 2 de maio de 2015
A marmita e o cheiro no ambiente
–Não
precisava mostrar o conteúdo de sua sacola, moço!
–Fi-lo
porque qui-lo. Por desencargo de consciência.
–Mas
ninguém sugeriu que o senhor mostrasse―, disse-me a funcionária educadamente.
Apressei-me
em mostrar a marmita e os biscoitos a fim de evitar constrangimentos,
informei-a.
Dias
depois, atento ao velho ponteiro de uma balança não acreditei no resultado. Caminhei
duas quadras, outra balança me espreitava à chegada. Subi, conferi, admirei-me:
havia perdido algo em torno de seis quilos de massa corpórea. Nem precisei de
um Spa para ficar assim tão esbelte, assumindo os riscos que essa minha
estripulia pode acarretar à saúde. Uso os números para uma consulta ao Dr.
Google e lá fico sabendo que meu Índice de Massa Corpórea – IMC acusa 22,72. Sabendo,
ainda, que para minha altura o peso ideal deveria ficar entre 65,59 e
83,61 kg.
Estou,
portanto, dentro da mais absoluta normalidade. Mas não foi assim que entenderam
algumas colegas de trabalho. Houve espanto talvez pela barba por fazer. Então
correram a recomendar cuidado com a alimentação, repouso, sono...
Explico
em detalhes. Uma chega com marmita à mão me fazendo lembrar dos tempos de minha
mãe, obrigando-me levar lancheira com aquele cheirinho gostoso de coisa
caseira. Mesmo alegando que almoçara (como poucos milhões de mortais, neste planeta),
não a convenci. Vi-me obrigado a trazer a tal marmita para servir de janta ao
anoitecer.
Pus
a marmita em sacola plástica junto com um pacote de biscoito degustado pela
metade. Em um mercado da Boa Vista, havendo necessidade de comprar o básico
alimentar para o café da manhã e lanche vespertino, dirijo-me ao caixa.
Carrinho na fila chego, vejo as compras deslizando em direção à funcionária
atenta aos itens, fazendo a leitura ótica, um a um.
Lembrei,
então, da marmita que conduzira junto ao saquinho de biscoitos. Pus-me a
explicar que o segurança não viu necessidade em por lacre naquela minha sacola.
Abri-a, saquei a marmita cuja transparência denunciava o arroz, macarrão,
farinha, feijão e um bife de encher a vista. Para não deixar dúvidas retirei a tampa
e um cheiro gostoso tomou conta do ambiente.
Sorrindo
com a cena, colada ao meu carrinho de compras, vinha Maria Luiza Rolim, uma “deusa” do Diário de Pernambuco, a
quem me dirigi explicando a antecipação para evitar possível constrangimento na
passagem pelo caixa:
–Desde
o meio-dia estava ali acondicionado, meu almoço, agora tornado janta. Explicava,
ela sorria.
Para não fazer desfeita, dado o esmero e cuidado, com a colega que me oferecera tal refeição, comi ao chegar em casa. Ontem rendi minhas homenagens aos trabalhadores da indústria farmacêutica e de louça sanitária. A massa corpórea, ainda bem, manteve-se no patamar de outrora.
domingo, 26 de abril de 2015
Diga ao povo que FIC
Eu, declamando, entre Pedro Soares e Marco Di Aurélio |
sexta-feira, 24 de abril de 2015
A chuva e o choro
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Um Deus risonho
Esse Reginaldo de quem lhes falo é o tipo do adulto com alma pueril, aproveita qualquer “vácuo” em suas aulas para fazer piada inteligente, acurada e, até, sarcástica em seu melhor sentido. Então bem que poderia iniciar como uma contação de histórias infantis: “Era uma vez um professor que pensou num tema/tese de doutorado. Aí ele buscou em Hilda Hilst, uma discussão sobre recepção e o fluxo do grotesco, tomando como corpus literário Contos d’Escárnio/Textos Grotescos, daquela escritora, fundamentando-se na estética da recepção, elaborada pelo escritor alemão Hans Robert Jauss, outro menino sabido, um dos expoentes da estética da recepção, cujos fundamentos estão na própria crítica literária alemã”.
Gosto de imaginar o mundo (ao contrário do que muitos pensam) como o quintal de minha casa tendo um Deus risonho a contemplar todas as minhas peripécias. Um Deus que só saiba contar até um, Deus criador dos homens, jamais o Deus que os homens criaram e, até, matam em nome dEle!
quarta-feira, 8 de abril de 2015
A fã e o poeta
A fã Simone Gomes e poeta Manoel Monteiro |
— E como você, assim tão jovem, me reconhece?
— Reconheço sim, sou fã do seu trabalho como poeta!
E que fã ali se revelara ao poeta cordelista que, embora nascido em Bezerros, agreste pernambucano, adotou Campina Grande como lugar de morada e “ganha pão”. Simone Gomes, nunca soubera Manoel Monteiro, foi atriz revelação do teatro campinense, em 2015; é estudante de violino no Departamento de Arte da UFCG; graduanda do penúltimo período de Filosofia-UEPB e, acima de tudo, amante incondicional da literatura de cordel.
Conhecendo como conheci o poeta Manoel Monteiro fico imaginando aquela cena passada em meio de feira, algo tão decantado pelos poetas daqui e de alhures. Pois foi justamente na feira em que se dera aquele reconhecimento, uma homenagem a quem vive da arte em um mundo que lhe nega o apreço merecido. Ele, certamente, ficou muito emocionado. Tinha uma ligação de amor com a arte que cultuava. A literatura de cordel era uma extensão do seu corpo, por assim dizer.
Conversa vai, conversa vem, eis que ouço um “peraí que tenho algo a te mostrar”. E já vem de volta Simone, minha colega (de primeira hora) da Filosofia-UEPB, com um livreto de cordel. Abre-o e mostra uma dedicatória tão modesta e grandiosa quanto seu autor. Aí desaba a contar como se dera aquele encontro com o saudoso poeta sem esquecer o comentário: “Um mês depois o poeta se foi, fiquei muito triste”. Naquele cordel o poeta Manoel Monteiro faz menção a Zé da Luz, batizado Severino de Andrade Silva, paraibano de Itabaiana e imortalizado em Brasí Cabôco, Ai! Se Sêsse!... e As flô de Puxinanã (Paródia de As "Flô de Gerematáia" de Napoleão Menezes). Então Simone me sugere a leitura dos versos à pagina 2. Eu, de “cor e salteado”, tento declamar: “Três miué ou três irmã, / três cachorra da mulesta / eu vi num dia festa / num lugá Puxinanã...”.
terça-feira, 7 de abril de 2015
A chuva caiu
Chuva: sinfonia orquestrada |
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Eu sou de um tempo...
Os tempos mudaram, pelo visto. Traz o blogspot de Evaldo Brasil mais um “Eu sou de um tempo... em que a feira livre era saqueada ano após ano pelo flagelo da seca e da fome já hoje posso escolher entre alimentos”. Estava em Princesa Isabel à espera de Dom Hélder Câmara, arcebispo de Olinda e Recife. Momentos antes de sua entrada à cidade ouviu-se um burburinho de gente. Em seguida a notícia que a feira fora saqueada. O padre José, como gostava de ser chamado Dom Hélder, chegara em meio àquele tumultuo, no início da década de 80. “Eu sou de um tempo em que arroz e galinha era comida de festa ou domingo... já hoje é alimento diário”. Quem não se lembra de um convite nos termos: “Passa lá em casa pra comer uma galinha gorda no domingo”. Arroz, hoje, se come em “banda de lata”. Mamãe preparava a lancheira com todo esmero, entendam o porquê: “Eu sou de um tempo... em que se levava pão com banana pra escola... já hoje a merenda (escolar) se define por nutricionista”.
Decerto que os tempos muram, sim. Atalho as “provocações” de Evaldo e vou aos pontos finais: “Eu sou de um tempo... em que a inflação beirava os 99% por mês... já hoje não chega a 9% por ano e causa comoção”. Contextualizando nosso umbigo, temos “Eu sou de um tempo... em que Esperança realizava uma grande obra a cada dois mandatos governamentais... já hoje Reforma, Ginásios, Creches, UPA, IFPB, Vila Olímpica...”. Só para lembrar que eu sou de um tempo...
domingo, 5 de abril de 2015
Instinto materno
Mamãe Coca: esperteza, cuidado e doçura! |
Confesso, aqui, o absurdo que cometera nesta manhã de domingo. De posse de escada subi ao telhado, afastei telhas, resgatei as crias. Antes, com todo consentimento, havia retirado a mamãe gata do sótão, atraída por comida numa bacia plástica com cobertas macias. Deixei-a em lugar seguro e cuidei do tal “resgate” dos filhotes. Decepcionado vi o ato atroz que cometera. Coca, aos miados, pôs uma das crias entre os dentes, subiu dois muros, rumando de volta ao sótão. Aquele ato poderia ser corrigido, imaginei. Rápido subi ao telhado e repus os três gatinhos no lugar exato onde estavam. Lá já estava a mãe com sua cria já acarinhada. Fiquei com “cara-de-tacho”. Sob seu olhar desconfiado devolvi seus filhotes como se me redimindo estivera.
sábado, 4 de abril de 2015
Era o que faltava!
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Uma paixão de Esperança
Paixão de Cristo: uma paixão de Esperança |
Escritos a esmo
“Mais um dia sem sentindo foi se passando por entre os meus dedos à medida que eu me perdia um pouco mais de você. Todas aquelas palavras misturadas com o nada foram o suficiente para me fazer entender que sem você o meu mundo é mais escuro, porém cheio de cor. Outra noite para pintar de escuridão as sombras que ficaram sobre os meus olhos, deixando-os tão limpos quanto a água em que lavo o meu rosto no fim de todas as semanas. Dar passeios pelas ruas cheias de pessoas que me esforcei para esquecer, quando em um cálculo infindável – e irrefutável – me entreguei a um mundo a que não possuía, repleto de seres que me levaram até o último suspiro. Ser aquela que é, mas não ser aquela que tem. Para ser e ter, enfim, o que puder de você. Desejar todos os dias que aquele seja o primeiro e também o último, para que o tédio não tome conta de mim, mas para que o ódio seja apenas mais um amigo nessa estrada que percorro. Ser repetitiva ao ponto de ser cansativa. Repentina ao ponto de ser lida. E ser lida até não poder mais. Porque sou amor, ódio, mas não paixão. Sou tudo nesses minutos, nessa quebra de padrão. Por ser uma apaixonada e não ter um amor. Para assim, enfim, ter em mim o que não pude ter em você”.
A frase que mais se aproxima está acima, em negrito. Mas quem seria a autora daqueles breves rabiscos guardados em um volume e numa prateleira qualquer de biblioteca? Aquele enigma permanecerá naquela folha rabiscada: Quem seria ela?!
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Uma meia mentira
Diogo e Silvestre Batista: matando saudades |
terça-feira, 31 de março de 2015
Lembro, logo existo!
― Então isso é Descartes?
― Descartes, sim. De ponta à cabeça!
― Jango tinha ligações com os partidos de esquerda, principalmente com o extinto Partido Comunista...