sexta-feira, 3 de abril de 2015

Escritos a esmo

"Continuo caminhando desapercebida por olhares que me prenderiam"
Naquela tarde, em meio ao expediente, na sala de trabalho me abstraí procurando entender as razões daquele pensamento. Em minha síndrome pueril viajei como se em algum parque estivera, absorto em meio a arvoredos e conjecturas buscando algo que se assemelhasse àquele texto. Teria sido retirado da Internet? Cá com meus botões, imaginei. Nada parecido havia por lá, mas muito próximo encontrei (https://isabelamenezes.wordpress.com/):
“Mais um dia sem sentindo foi se passando por entre os meus dedos à medida que eu me perdia um pouco mais de você. Todas aquelas palavras misturadas com o nada foram o suficiente para me fazer entender que sem você o meu mundo é mais escuro, porém cheio de cor. Outra noite para pintar de escuridão as sombras que ficaram sobre os meus olhos, deixando-os tão limpos quanto a água em que lavo o meu rosto no fim de todas as semanas. Dar passeios pelas ruas cheias de pessoas que me esforcei para esquecer, quando em um cálculo infindável – e irrefutável – me entreguei a um mundo a que não possuía, repleto de seres que me levaram até o último suspiro. Ser aquela que é, mas não ser aquela que tem. Para ser e ter, enfim, o que puder de você. Desejar todos os dias que aquele seja o primeiro e também o último, para que o tédio não tome conta de mim, mas para que o ódio seja apenas mais um amigo nessa estrada que percorro. Ser repetitiva ao ponto de ser cansativa. Repentina ao ponto de ser lida. E ser lida até não poder mais. Porque sou amor, ódio, mas não paixão. Sou tudo nesses minutos, nessa quebra de padrão. Por ser uma apaixonada e não ter um amor. Para assim, enfim, ter em mim o que não pude ter em você”.
A frase que mais se aproxima está acima, em negrito. Mas quem seria a autora daqueles breves rabiscos guardados em um volume e numa prateleira qualquer de biblioteca? Aquele enigma permanecerá naquela folha rabiscada: Quem seria ela?!

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