Eu deveria iniciar este post da seguinte forma: Amanhã,
dia 10 de abril, irei ao lançamento de "Uma
superfície de gelo ancorada no riso: a atualidade do grotesco em Hilda Hilst",
obra que nasce na tese apresentada pelo professor Reginaldo Oliveira Silva como
exigência parcial a obtenção do título de doutor em Letras, na área de
concentração Literatura e Cultura (UFPB). O evento ocorrerá às 18:30h, no
auditório III da CIAc, o Centro de Educação-UEPB. Mas declinarei de toda essa
formalidade cujo gênero não me apraz. Preferiria iniciar como aqueles contos
pueris −fazendo jus à minha síndrome−, onde o narrador se esmera para chamar a atenção da criançada atenta ao
que virá em forma de palavras que enchem de fantasia suas almas.Esse Reginaldo de quem lhes falo é o tipo do adulto com alma pueril, aproveita qualquer “vácuo” em suas aulas para fazer piada inteligente, acurada e, até, sarcástica em seu melhor sentido. Então bem que poderia iniciar como uma contação de histórias infantis: “Era uma vez um professor que pensou num tema/tese de doutorado. Aí ele buscou em Hilda Hilst, uma discussão sobre recepção e o fluxo do grotesco, tomando como corpus literário Contos d’Escárnio/Textos Grotescos, daquela escritora, fundamentando-se na estética da recepção, elaborada pelo escritor alemão Hans Robert Jauss, outro menino sabido, um dos expoentes da estética da recepção, cujos fundamentos estão na própria crítica literária alemã”.
Gosto de imaginar o mundo (ao contrário do que muitos pensam) como o quintal de minha casa tendo um Deus risonho a contemplar todas as minhas peripécias. Um Deus que só saiba contar até um, Deus criador dos homens, jamais o Deus que os homens criaram e, até, matam em nome dEle!
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