terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Só faltou a fita I

Dado às tecnologias voltadas a energias renováveis, encontrei no Instituto do Sol uma saída para a problemática brasileira e mundial. Afinal temos um planeta minguando pela exploração desenfreada de matrizes energéticas há muito ultrapassadas. Aquele Instituto fora criado pelo Dr. José Walter Bautista Vidal, engenheiro e físico brasileiro, ex-professor da Universidade de Brasília, principal mentor do Pro-Álcool, homem com respeitabilidade mundial. O ano era 2003, Brasília o grande cenário, onde eu, Fernando Rocha e Emerson Tomaz encontramos o Dr. Bautista. Havia tentado um contato telefônico e fui atendido por sua filha Alyne que, ao me ouvir atentamente, agradeceu o contato informando que seu pai, mais tarde, retornaria aquela ligação. Claro que duvidei, tratava-se de um dos mais famosos físicos do planeta, não perderia tempo em retornar a ligação. Alyne, para mim, estava sendo apenas cortês.
À noite, ainda cedo, toca o telefone residencial. Atendo e uma voz grave se apresenta: “Aqui é Bautista Vidal. Senhor, Carlos, por favor!”. Tremeu-me as pernas por instantes. Eu estava com o idealizador do Instituto do Sol, o Bautista que tanto admirava. A conversa fluiu e fiz ver a ele o gosto e informação sobre a temática energética. Falei de uma viagem que se avizinhava e dele ouvi a sugestão de que, em chegando a Brasília, entrasse em contato com o mesmo, como de fato ocorreu. Sugeriu, ainda, que no dia do nosso retorno passássemos a tarde em sua companhia para uma conversa ao que sugeri uma entrevista também concedida.
Chegamos ao Parque Way e nos dirigimos ao endereço repassado por telefone. Era uma mansão, parecia cena de filme europeu, naqueles campos de golfe, campo gramado, belo arvoredo. O Dr. Bautista estava só, naquele momento, e nos autorizou a entrar com o táxi que nos conduzira. “Dispensem o táxi que pedirei ao meu motorista que os deixe no aeroporto”, disse. Mostrou-nos seu parque gráfico, instalado em casa, conversamos amenidades e, enfim, concedeu-nos a entrevista de nossas vidas.
Um pequeno detalhe nos traiu e perdemos hora e meia de audiovisual. Tudo saiu a contento, só faltou a fita na filmadora!

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