Não é sobre o filósofo Mário Sérgio Cortella, nem sua palestra que vou
comentar. Ao contrário do que muitos pensam, vou falar de carnaval,
bumba-meu-boi, cavalo-marinho e a burra-calu divertindo a criançada e demais
carnavalescos, em Tejipió, lá pras bandas do Recife. Mas recomendo a tal
palestra a quem interessar possa. Quando a Física Quântica sugere a existência
de multiverso ao invés de universo, torna-se mais que sensato o cuidado com o
uso da expressão que dá título a este texto. Como bem diz Cortella nós somos o vice
treco do subtroço.

O utensílio servira ao pai para conduzir tudo que atenuasse a sede,
aqui empregada em sentido mais que figurado. Era já final da tarde quando os
dois, pra lá de Bagdá, se encontraram nas evoluções, e um guri sapeca, apimentando
a brincadeira, arrancou o rabo da burrinha atribuindo o feito ao papangú, ambos
irreconhecíveis àquela altura. Seu Fernando deu meia volta para conferir a
desfeita. O guri, não satisfeito, enganchou o rabo nas vestes de Carlinhos. Seu
Fernando, cambaleando, vê qual fora o destino do rabo de sua burrinha. Havia
sido arrancado, impiedosamente, por aquele "bicho dos infernos". Não se conteve, partiu pra
cima e dominou o papangú pela goela:
- Você quis caçoar da minha burra, seu cabra safado!
- Cabra safado é você, seu fela-da-puta!
O papangú, açoitado que fora, deu um golpe e jogou a burrinha, caçuá e
domador ao chão.
- Êpa! Venha devagar seu filho duma égua: Você sabe com quem está
falando?
- Não sei nem me interessa saber. Vai simbora, otário!
- Deixa meu filho te pegar, desgraçado. Eu sou Fernando “Eletricista”.
- Oxi! Levante, homem, vamos pra casa: Eu sou Carlinhos
“Folião”.
Nenhum comentário :
Postar um comentário