quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ciúmes

Ciúmes, sim! Alçou-me à condição de escritor, não faz muito. Trocamos alguns bilhetes afáveis, alguns publicados. Quando Lipi, seu cachorrinho, foi morar lá perto do asteroide B-612, vizinho ao Pequeno Príncipe, fui eu quem noticiou sem nem mesmo dar a notícia. Dediquei alguns contos àquela minha amiguinha, mas hoje a vejo encantada por um outro, quase seu desconhecido. Valbert Mattos é o nome desse meu concorrente. Chegou de supetão e, em um domingo apenas, conquistou o coraçãozinho de Clara.

Ao contrário do que muitos pensam, eis a prova na fotografia e bilhete ao lado. Aquele par-ra-pa-pá de ator/diretor foi o suficiente para encantar minha amiguinha. Dali a pedir autógrafos, abraços e até chamá-lo de tio, achá-lo carinhoso foi um salto. E nada do que me queixo é invencionice minha, minha gente. Tá escrito com todas as letras e tintas: “Visita de Valbert. Nunca tinha visto esse homem muito legal, carinhoso, tio, ator, e etc etc etc me deu um autógrafo e disse: CLARA, COM CARINHO DO ATOR, TIO E AMIGO. Nunca tinha recebido um autógrafo de um ator e de qual  quer pessoa que visita legal”.

Imaginam, os caros leitores, como me encontro diante de tal situação? Ser trocado por alguém que só pelo simples fato de haver demonstrado seu enorme talento de ator e um carisma sem igual, na arte de conquistar pessoas! Acho que vou procurar esse tal Valbert Mattos e tomar satisfações. E pensar que se diz meu amigo, que nunca esquece aquela viagem Brasília/Jampa, num voo da TUM, onde fomos interpelados pela Comissária de Bordo e quase ficamos pelo caminho com a interferência da PF, aqui já relatada. Tão solidário que foi naquele episódio, agora me “apunhalando” como Brutos na conquista do carinho de minha única leitora e amiga mirim.

Ah, estejam certos, isto não irá ficar assim. Certamente que nos encontraremos na residência da vovozinha de Clara para nos deliciarmos da receptividade tão peculiar àquela família. Clara, nossa tão estimada amiguinha, que nos aguarde!
A Valbert, meu grande abraço e toda a admiração.

Um comentário :

  1. Ainda dizem que crio os fatos de minha vida.
    Ainda bem que tenho testemunhas, não sou um cavaleiro solitário.
    Só o poeta Jerimum para ser meu álibi nessa aventurosa história de nossas vidas, que iniciou na III Conferência Nacional de Cultura, em Brasília/DF, e continuou num voo da "TUM", onde fomos enxotados por uma comissária de bordo por estarmos proferindo poesias populares, chegando a ter a intervenção da PF, nos qual nos autorizou a seguir viagem para João Pessoa/PB e fez descer toda a tripulação da aeronave em Recife/PE, meio do caminho.
    Admiro vc, Jerimum, poeta do povo, mesmo com ciúmes, meus sinceros votos de reconhecimento e estima.

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