Um
colega do Jornal do Commercio – repórter esportivo – certa vez se arvorou a
produzir húmus, no princípio dos anos 90, aproveitando uma granja de sua
propriedade na Zona da Mata pernambucana, mais precisamente em Carpina. O
negócio se mostrava promissor fazendo com que o colega investisse um pouco mais
do seu tempo naquele empreendimento. Ele mesmo cuidava da entrega, fazendo
escoar a produção. Mas precisava investir num utilitário, posto que o automóvel
utilizado, até então, deixava muito a desejar, principalmente no que tange a
agilidade, conforto, capacidade de carga, segurança e, principalmente, legalidade.
O automóvel não aparentava confiabilidade à primeira vista, pois lhe faltavam
retrovisores, jogo de faróis e lanternas. Também não se via nele o jogo de hastes “limpadores
do para-brisas”; buzina não possuía. Carecia um pouco mais de
recursos financeiros para tanto.

Há
de se supor que, transitando com tantas irregularidades, aquele meu colega do
JC um dia se veria em maus lençóis. Foi o que se deu. De repente ouviu dois
silvos breves, tinha que parar. Parou! Viu que ia ser enquadrado por quanto
irregular se encontrava com seu veículo. Olhou para trás, o guarda-rodoviário
se aproximando, pós a mão no bolso. Só tinha uma nota: 100 reais. Chega o
guarda e ele, inspirado, deixa a nota ser notada e fala:
-
Seu guarda, eu aposto 100 reais como o senhor vai me multar!
E
o guarda, ainda mais inspirado, pega o dinheiro e emenda:
-
Siga. O senhor perdeu a aposta!
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