Quando o homem descobriu o fogo, por exemplo, produziu cultura transformando elementos naturais em seu benefício. Assim se fez com a cerca que aprisionava sua caça, demarcava território. Juntava pau e pedra produzindo armas, inventava tapumes de folhas em cavernas para abrigo e requintava seu banquete com a utilização de instrumentos que facilitavam o manuseio dos alimentos. E discorri um pouco mais sobre cultura até chegar na água, na escassez, no agronegócio e agricultura familiar, sem esquecer de citar Tomas Robert Malthus, economista e demógrafo inglês, cuja teoria “Malthusianismo” inaugurou a discussão sobre crescimento populacional e fome, temas inter-relacionados.
O transeunte acenou afirmativamente, deixando-me à vontade para avançar no tema. Então lembrou dos seus tempos de escola quando leu sobre a previsão de Malthus sobre o crescimento populacional em progressão geométrica, e do crescimento da oferta de alimentos em progressão aritmética. Aproveitei pra voltar à cultura e falar da açudagem represando água para o consumo humano, em todos os seus matizes, e para a produção de alimentos que deságua no agronegócio e agricultura familiar sem antes, porém, não transformarem o habitat natural a que me referi lá no início da nossa conversa. Ao contrário do que muitos pensam, falar de cultura é falar de credo, costume, festa, vida.
Água e escassez também!
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