domingo, 27 de julho de 2014

Fi-lo porque qui-lo!

Sabem aquele dia que sentimos tudo feito de forma correta, como manda o figurino, cada coisa colocada em seu justo lugar, após ter vivenciado maravilhoso Sarau do Fórum Independente de Cultura – FIC, na noite deste sábado, com novos talentos na música e poesia, além duma plateia que também nos delicia?! Tudo bem orquestrado, checado, quase perfeito. Aí tem aquele detalhe final, o arremate que faltava para que nos sintamos nos céus. Ocorreu-me hoje, no meio da tarde, após estafante e árduo dia de trabalho. Desde as seis da matina pus a mão na massa, literalmente, para encerrar algo que inicie quando principiou a semana.

Gosto de planejar as ações, saber dos materiais que serão empregados na empreitada do momento, imaginar possibilidades coisa que dá prazer, embora cobre do corpo já maltratado pelo tempo, tempo que faço questão de desperdiçar com coisas que soam como fúteis para uns, saudáveis e reconfortantes para outros. Gosto de “matar” o tempo em empreendimentos domésticos que me possibilitem prazer. Uma rede alpendrada se insere neste contexto como um prêmio a esse labutar. A propósito do tempo quero lembrar o filósofo italiano Mauro Maldonato com sua afirmativa de que “para quem não sabe sonhar e ter esperança, o tempo pode ser um estorvo: pode tiranizar”. Por isso fiz as pazes, já faz tempo e já faz redes!

Como percebem os senhores, meu dia estava feito embarcação em mar manso, vento em popa e céu de brigadeiro. Mas lembram daquele arremate que nos faz sentir nos céus. Para que inventei de arrematar?! Uma pancadinha para que aquele cano tivesse melhor ajustado, afundou minha nau como num dilúvio. E se foi o céu de brigadeiro de outrora. Se acaso perguntarem por que cometi tal desatino, repondo como um certo Jânio: Fi-lo porque qui-lo!

E foi aí que me abateu o triste banzo!

Um comentário :

  1. “Para quem não sabe sonhar e ter esperança, o tempo pode ser um estorvo: pode tiranizar”. Nada mais a dizer.

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