O ABRAÇO MAIS CARO
Extasiado com aquela Aula Espetáculo,
corri para abraçar o senhor de seus oitenta e quatro anos, meu ídolo.
Chico César, Secretário Estadual de Cultura, olhou para mim com olhos de espanto. Quis juntar as peças do aparelho celular que se “espatifara” ao chão, notei que
alguém já o fizera por mim. Relaxei! Eu e o companheiro Emerson Tomaz participamos
do 12º Festival de Artes de Areia-PB, em Setembro de 2011 e, com enorme prazer,
apresentávamos os espetáculos circenses, juntamente com o ator Luiz Carlos Vasconcelos.
Éramos, então, Jerimum & Xiquexique mais o palhaço Xuxu, bela criação de
Luiz Carlos. Encerrada a Semana do Circo, no sábado, missão mais que cumprida.
Combinamos que assistiríamos à Aula Espetáculo do mestre Suassuna, no
dia seguinte.
À tarde lá estávamos Carlos e
Emerson, num misto de Jerimum & Xiquexique, meio que escondidos para curtir
o raro momento daquele festival. Até que integrantes do Reisado de Zabelê nos
descobrem e fazem graça conosco. Chamam a atenção da plateia e –
sorte nossa –
da Comissão Organizadora do evento. De repente um recado é chegado à fila de
cadeiras onde nos encontrávamos. Parícia, minha esposa, sinaliza com seu
cotovelo em minhas costelas: “Aquela moça tá falando contigo, vai lá!”. Era um
recado de Chico César que sentenciou: “Não aceito um não. Soldado no quartel
quer trabalho. Já dispensei o rapaz do cerimonial”.
Mas Chico, do que se trata? “Vocês terão meia hora de prosa com o público, aproveitem! Eu darei o sinal para o cerimonial de Ariano Suassuna”. Na apresentação do mestre iniciei dizendo que, depois daquele evento, morreria satisfeito. Quase morro de vergonha no abraço a Ariano, ao final do espetáculo. Ele, tranquilo, me confessou ao ouvido:
Mas Chico, do que se trata? “Vocês terão meia hora de prosa com o público, aproveitem! Eu darei o sinal para o cerimonial de Ariano Suassuna”. Na apresentação do mestre iniciei dizendo que, depois daquele evento, morreria satisfeito. Quase morro de vergonha no abraço a Ariano, ao final do espetáculo. Ele, tranquilo, me confessou ao ouvido:
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