sexta-feira, 25 de julho de 2014

Conversas com Ariano III

SOBREI NA PROSA!
Surgiu a ideia e resolvemos visitar aquele morador do casarão 418, na Avenida Real do Poço, no Poço da Panela, em Recife. Na mesa do Mustang, antigo ponto de encontro político-literário recifense, resolvemos “cometer” aquela visita. Dia seguinte contatamos a assessoria e marcamos, então, o que para nós soava como um grande encontro.


Nos dias que antecediam nossa ida levantávamos hipóteses sobre as possíveis conversas que fluiriam diante daquele gênio poético paraibano, tão cheio de pernambucanidade. Roberto Numeriano é jornalista, escritor e professor da Universidade Católica, à época companheiro na imprensa sindical, Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco. Regina Célia, também escritora e artista plástica, com incursão na área cinematográfica, havia sido companheira de prancheta, na Empresa Jornal do Commercio. Tínhamos muitas motivações em comum, uma delas era coletiva: Uma prosa com Ariano Suassuna em seu sagrado território, o casarão do Poço da Panela.

Estava prestes a rever o mestre Ariano, agora sem paletó nem constrangimentos. No dia anterior à data marcada chequei o já agendado. Disquei para o casarão buscando a assessoria uma, duas, três vezes. Insisti e obtive sucesso: Alô! É Carlos Almeida... É da assessoria? “Não!”. Aquela voz não parecia desconhecida. Detalhei: É que temos uma visita agendada para amanhã... O professor se encontra? “Encontro-me, sim!”. Os segundos subsequentes não os lembro. Só sei que recebemos uma informação de Brasília, tocante ao Dissídio Coletivo da categoria urbanitária, setor elétrico. Tive que aguardar um fac-símile e elaborar um boletim dirigido aos servidores da Chesf. Não fui ao encontro! 
De volta ao Mustang, ouvi de Roberto e Regina o resumo da ópera: Só inveja, sobrei na prosa!

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