sexta-feira, 24 de abril de 2015

A chuva e o choro

Há tempos não vira tanta chuva nem ouvira tanto choro. Carecia sair do casulo com algo de muito especial. Algo tão especial quanto a chuva e o choro que Campina Grande vivenciou, ontem. Na comunicação com o amigo Evaldo Brasil havia dito que “o mundo está se acabando com chuva”. Uma tarde escura de nuvens bem formadas, prenunciava um aguaceiro daqueles! Lá do Titanic, como bem batizaram o prédio da Central de Aulas da UEPB, via-se o céu imponente e a chuva serpenteando até deitar terra afora, trazendo a riqueza tão bem anunciada em Isaías 55, 10-11.
Ao contrário do que muitos pensam não menos imponentes serpentearam as notas musicais de um choro exaltando de uma forma brilhante e glamorosa pelas mãos e sopros dos meninos sabidos do Baú do Chorinho e seus convidados. Anunciado para o Teatro Elba Ramalho, o evento ocorreu mesmo – ainda por obra da chuva − no Teatro Paulo Pontes, aconchegante como sempre. Por lá desfilaram, além de outros compositores, Ernesto Nazareth, Abel Silva e um tal Alfredo da Rocha Vianna Filho o grande homenageado da noite, outro menino sabido mais conhecido como Pixinguinha. A ele é imputado o grande mérito de haver formatado o choro (ou chorinho) nos moldes que ouvimos e admiramos.
Um pedacinho do céu! Foi no que se transformou o Paulo Pontes na célebre noite dedicada ao Dia Nacional do Choro, dia do nascimento de Pixinguinha, homenagem das mais justas pelo que este gênio representou para o choro e a música brasileira de modo genérico. Tudo isso por conta e risco de ADEILDO Pereira (bandolim); ARTHUR Arruda (cavaquinho); CLEMILSON Dantas (violão); SANDRO Félix (violão 7-cordas); RENALLY Lucas (pandeiro) e uma plêiade de músicos não menos habilidosos e comprometidos com o gênero chorinho: FERNANDO Hermes (Trompete); GLAUBER Silva (Clarinete); HERMES Filho (Saxofone); IVAN Meira (Flauta); JEFFERSON Fagundes (Cavaquinho). Mais que um evento aquilo foi um gozo!

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