Paulo Francis denunciou a sangria da Petrobras que, aliás, passou
em brancas nuvens no governo FHC com um Geraldo
Brindeiro que o brindava e blindava com os famosos engavetamentos de
processos na Procuradoria Geral da
República. Ao contrário do que muitos pensam!
Confiram o que dizia Francis: https://www.youtube.com/watch?v=7Dyh6-YSXBs&nohtml5=False
A sangria há e vou direto ao ponto. Empresários, aos montes,
falseiam suas declarações de impostos e, daquela fatia mínima declarada,
auxiliam legalmente campanhas dos amigos como se fosse ajuda de uma “coleta
vicentina”. Os beneficiários dessa coleta, por sua vez, a declaram em suas
campanhas eleitorais, dentro de toda lisura oferecida pela Lei Eleitoral. O
grosso volume da dinheirama dessas campanhas, saibam, não se declara porque é
originária do Caixa 2, 3...
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Essas histórias entram por um ouvido, saem pelo outro |
Campanha para quem pleiteia vaga nas câmaras municipais, assembleias
legislativas, prefeituras, governos estaduais, câmara federal, senatoria e
presidência da república não vai adiante só com doações vicentinas. O caixa 2 é
o grande sustentáculo dessa farra brasileira que a cada dois anos se dá brasis
afora.
O incrível é que tudo isso ocorre de modo que só eu saiba. Eu
e somente eu! Creia, você leitor ou leitora, que nenhum juiz eleitoral – por
mais cioso que seja com a coisa pública e com a boa aplicação da Lei – tem juízo do que ocorre à sua volta. É como acreditar em Papai Noel. Isso
explica a (in)existência da compra e venda de votos tão propalada nas rodas
sociais e midiáticas. Todo mundo sabe, todo vê, mas é uma infâmia dizer que
todo juiz é sabedor. A probidade é tanta que lhes tolhe a visão.
Ainda bem que a falta de probidade absoluta dos TCEs e TCU no
julgamento das contas dos nossos gestores, em suas respectivas esferas, está
longe de ser verdade. É maldade julgar que haja o “jeitinho brasileiro” num ou
noutro julgamento dessas contas. Outra falácia é que, na história desse país,
se levou ou lavou dinheiro estatal ou de economia mista para pompa e
circunstância das campanhas eleitorais cinematográficas com toda aquiescência
da legalidade. A classe política (refiro-me aos do bem) é refém dessa
capenga, caduca e esdrúxula Lei Eleitoral. As campanhas são tão limpas quanto
as doações a uma paróquia franciscana.
Cá pra nós! Com um judiciário e um legislativo tão probos e
decentes não se concebe o impedimento de um mandato obtido com 54 milhões de
votos legítimos, nas urnas, sem haver cometido qualquer crime de responsabilidade.
Caso assim procedam, rasguem e ponham no lixo, mais uma vez a Constituição,
como o fizeram em 64!
Insisto na defesa de que judiciário e legislativo não são
cegos nem podres, embora ninguém acredite!
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